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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As armas do cristão - Parte 1

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...”


II Coríntios 10.4

 
 
Introdução


Quando alguém confessa Cristo como seu único e suficiente salvador, torna-se pertencente a um Universo diferente daquele que estava acostumado a vivenciar (II Co 5.17) e, dentro desta nova vida, ele passa por dificuldades, momentos de fraqueza, “desertos”, assim também como ocasiões de alegria, bonança, como aquele que vive no mundo natural também vive estes mesmos tipos de situações.
No entanto, possui uma coisa que antes não tinha posse, armas poderosas em Deus (II Co 10.4) para vencer todas as dificuldades e passar por elas com facilidade. Mas como não estava acostumado a utilizar estas armas em sua vida anterior, encontra, muitas vezes, dificuldades para manuseá-las com destreza e habilidade, no mundo espiritual.
A guerra no âmbito espiritual é algo constante e inegável (II Co 4.8-9; II Tm 3.12), por esta causa todo cristão verdadeiro deve aprender a manusear bem (como um soldado do exército) as armas de ataque e saber utilizar o armamento de defesa apropriado nos momentos de contra-ataque inimigo.

Reconhecendo o campo de batalha


Quando qualquer exército vai para uma guerra, a primeira coisa a ser feita é estudar o campo de batalha para montar as estratégias ideais para aquela luta. Nem sempre serão utilizados os mesmos estratagemas em ocasiões diferentes. Cada batalha é singular.
A luta travada pelos cristãos é realizada no campo espiritual, por esta causa suas armas não podem ser meramente carnais (II Co. 10.4; Ef. 6.12) para que possa sair com êxito desta guerra.
Muitas pessoas têm perdido suas batalhas e, muitas vezes, a guerra porque não têm reconhecido o seu campo de luta e têm deixado sua consciência humana prevalecer e levá-lo ao conseqüente erro. A Bíblia é bem clara em afirmar que a luta do filho de Deus é contra principados e potestades malignas nos lugares celestiais, não com pessoas.

Escolhendo as armas certas


Certa vez, aconteceu uma luta de boxe entre dois importantes lutadores, onde cada um escolheu a sua própria tática de combate. De um lado um lutador (que era bem mais forte que o outro) decidiu bater bastante em seu oponente que, visivelmente, era de porte menos avantajado; este, por sua vez, escolheu ficar se defendendo enquanto aquele brutamonte desmontava-lhe socos e mais socos. Após quatro cansativos rounds, aquele lutador que era aparentemente mais forte começou a demonstrar certo cansaço, enquanto o outro, ainda que franzino, continuava com a mesma aparência do início da luta. Foi isto que decidiu o duelo, aquele lutador que, antes de entrar naquele ringue, era o menos favorito para vencer aquela peleja tornou-se o “dono do pedaço” e aproveitou o momento certo dando três golpes certeiros e furtivos naquele homem, que desmontou na lona e não mais conseguiu levantar-se. O juiz fez a contagem e deu a vitória ao lutador que tanto havia apanhado, mas soube o momento certo de acertar o seu alvo.
Com este fato pode-se aprender diversas coisas, mas duas são importantes para ajudar na definição da vitória: humildade e paciência. O cristão só consegue vencer seu inimigo se portar-se com submissão ao seu Senhor e esperar dEle o momento certo para atacar. Os principais erros que se observam nos dias atuais são os mesmos que aquele lutador que perdeu a luta cometeu: arrogância e desespero. Muitos tentam vencer com sua própria força e inteligência, não sabendo que seu inimigo é tão astuto (Ez. 28.3) e age há tanto tempo contra a humanidade (Gn. 3.1). Outros acham que são capazes de derrotar seu adversário apenas com suas habilidades e conhecimentos rasos de Deus. Alguns tentam ir para o “tudo ou nada” e acabam perdendo tudo que já haviam adquirido (espiritual e fisicamente). E ainda existem os que entram em desespero e acham que fugir é a melhor solução. A Palavra de Deus nos ensina que sois fortes e já vencestes o adversário (I Jo 2.14) e diz também que deves fortalecer-se na força de Seu poder (Ef. 6.10), não em si mesmos.
Há momentos em que o ataque é a melhor tática, porém existem ocasiões em que a defesa, seguida de um ataque certeiro, é a melhor estratégia. Deve-se saber definir, buscando em oração, a tática mais adequada para cada situação.

As armas de ataque


Dentre todas as armas disponibilizadas para o servo de Deus, existem três principais para o ataque. São elas: a Palavra de Deus, a oração e o louvor.
• A Palavra de Deus: a Bíblia é a base da fé cristã, sem ela não existe cristianismo, sem ela não é possível alguém tornar-se um cristão. Com base nisto, observa-se que o próprio Jesus, quando esteve no meio dos homens (em seu corpo mortal), foi tentado pelo adversário. Nesta ocasião ele utilizou-se da Palavra de Deus como arma poderosa para contra-atacar as astutas sugestões de seu inimigo (Mt. 4.1-11;Lc. 4.1-13). A Bíblia é a espada cortante que consegue discernir juntas, medulas, pensamentos e intenções do coração (Ef. 6.17; Hb. 4.12);
• Oração: A oração, assim como a leitura da Palavra, exige fé daquele que a realiza, sendo que é impossível que aquele que ora consiga alguma coisa se não realizá-la crendo que aquele que está ouvindo irá respondê-lo (Mt. 21.22; At. 4.31; Hb. 4.16, 11.6). Um exemplo que a própria Bíblia nos dá é do rei Ezequias e o profeta Isaías, quando Senaqueribe, rei da Assíria afrontou a Deus e o Seu povo (II Cr. 32.20). A Bíblia nos ensina que devemos orar sem cessar para não cairmos em tentação, sempre vigilantes (Mt. 26.41; I Ts. 5.17);
• Louvor: Após Josué e todo o povo dar as últimas 7 voltas na cidade de Jericó, o povo bradou com grande voz e os sacerdotes, que estavam a frente do povo, tocavam suas trombetas e toda muralha veio ao chão (ver Js. 6). Outro exemplo é o de Gideão que venceu os midianitas com apenas 300 homens, sem utilizar armas carnais, mas sim espirituais, pois utilizaram a espada do Senhor e o som das buzinas que tocavam (Jz. 7.15-22). Quando Saul era possuído de um espírito maligno, Davi tangia seu instrumento para que ele se tornasse livre (I Sm. 16.23). No Novo Testamento aprendemos que devemos oferecer sempre a Deus sacrifícios de louvor, para que possamos vencer em todo tempo (I Ts. 5.18,23; Hb. 13.15).

Conclusão

Pode-se observar que existem armas à disposição dos cristãos para que eles possam caminhar, sempre, em vitória (II Co. 2.14) e exalar diante de Deus um aroma agradável (II Co. 2.15) e suave às Suas narinas (Fp. 4.18b).

Porém, além das armas de ataque, ele também deve saber manusear bem as armas de defesa, que serão observadas depois...

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