"Sede santos porque Eu sou Santo" (I Pe.
1:16)
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Em primeiro lugar, quero chamar a atenção para que seja evitado raciocínios
pré-concebidos, para que entendamos, com clareza, para onde o Espírito Santo
deseja nos levar quando, juntos, refletiremos sobre o tema santidade. O
primeiro tipo de raciocínio que precisa ser evitado é aquele que nos leva a
crer que já sabemos de tudo sobre qualquer assunto, principalmente sobre
santidade, e de que não é necessário acrescentar mais nada a respeito, crendo
ter o domínio do mesmo. Em Provérbios 25:27 somos aconselhados ao comedimento,
pois, se a sabedoria é boa em si mesma, é desonroso buscar honra para si
próprio por meio desta mesma sabedoria: "Comer muito mel não é bom; nem é
honroso buscar a própria honra”.
O segundo modo de pensar que devemos evitar, é o de não assumir a
responsabilidade diante da Palavra de Deus, como foi o caso de Adão e Eva,
nenhum dos dois aceitaram a Palavra que Deus lhes dirigia: "Perguntou-lhes
Deus: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que ordenei que não
comeste? Disse o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore,
e eu comi. Então disse o Senhor à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a
mulher: A serpente me enganou, e eu comi"(Gn 3:11-13). Percebemos que
neste caso houve transferência de responsabilidade, a Palavra de Deus é sempre
para o outro.
O terceiro e último tipo de pensamento que devemos evitar, é aquele que combate
contra a submissão de ceder aos argumentos de Deus. Podemos entender este tipo
de pensamento observando as palavras do apóstolo Paulo: "As armas da nossa
milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das
fortalezas. Derrubamos raciocínio e toda altivez que se levante contra o
conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo”
(II Co 10:4, 5). Deduzimos que há uma grande resistência em nós mesmos lutando
para que não nos submetamos aos ensinamentos de Deus, sendo necessário
travarmos uma luta tremenda para levarmos nossa mente à obediência a Cristo.
Com isto em mente deixemos o Espírito Santo falar e nos desafiar para vivermos em santidade.
VIVER EM SANTIDADE É VIVER À SERMELHANÇA DO CARÁTER DE CRISTO
A vida cristã tem como princípio básico a busca contínua e persistente da
plenitude da vida Cristo em
nós. Este é o alvo. Buscar a semelhança com Cristo é o
desafio que abraçamos quando, por livre vontade, procuramos nos identificar com
Ele, em atos e atitude, e, por confissão de fé, declaramos que nossa vida será
uma imitação da vida do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo, pelo Espírito Santo,
nos desafia para esta busca: "Sede meus imitadores, como também eu sou de
Cristo” (I Co 11:1). A ousadia do apóstolo em chamar para si a responsabilidade
desta semelhança está no fato de que ele tinha uma referência segura: Cristo.
E, por diversas vezes, ele deu testemunho incontestável que sua vida era uma
busca constante de ser semelhante a Cristo. Este foi seu objetivo. Este foi o desafio
aceito pelo apóstolo, abraçando-o com todo ardor, a ponto de afirmar:
"Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo
na carne, vivo-a na fé do filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou
por mim” (Gl. 2:20).
Não foi sem lutas, sem conflitos, sem renúncias que, desafiado, Paulo rendeu-se
a um viver consagrado ao Senhor Jesus. Muitas coisas na vida do apóstolo
ficaram para trás, vejamos sua declaração na carta dirigida aos filipenses:
"Irmãos, não julgo que o haja alcançado. Mas uma coisa faço, e é que,
esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão
diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em
Cristo” (Fp. 3:13, 14). O importante para o apóstolo Paulo não era o passado e
sim o futuro. O desafio maior para Paulo era alcançar o propósito de Deus em
sua vida. Paulo não ficou contabilizando o que perdera por ter decidido seguir
a Cristo, pelo contrário, viver em Cristo e para Cristo foi o maior lucro da
vida do apóstolo Paulo e, muitas das coisas que ficaram para trás, ele
considerou como refugo: “Mas o que era para mim lucro, considerei-o perda por
causa de Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas pela
excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda
de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a
Cristo" (Ef. 3:7, 8)
Ser imitador de Cristo é desafio para um viver santo. Estamos sendo
confrontados? A vontade de Deus para nossa vida é para que trilhemos este
caminho, pois somos informados que "quanto ao trato passado, vos despojeis
do velho homem, que se corrompe pela concupíscência do engano, e vos renoveis
no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, que segundo
Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4:22-24).
Viver em santidade é um desafio de ser semelhante a Cristo. Entretanto, esta
conformidade, requer de cada um de nós uma tomada de posição, pois, estamos
diante de um desafio. Temos ousadia suficiente para chamar para nós a
responsabilidade de uma imitação de Cristo? Podemos falar como o apóstolo
Paulo: "sejam meus imitadores"? Nosso testemunho de vida tem sido uma
incontestável prova de que Cristo é real? A verdade é que quando aceitamos o
desafio de ser semelhante a Cristo um conflito se instala. Parece
contraditório, mas, não é. Pois quando vivemos governados pela nossa própria
vontade a carne prevalece, porém, diante da aceitação do desafio de ser
semelhante a Cristo, o Espírito Santo entra em ação, procurando conformar a
vida daquele que aceita este desafio, para que as qualidades do caráter de
Cristo sejam reproduzidas nele. Entretanto, a carne não vai ceder tão
facilmente, daí, o conflito. O que fazer? Tomar uma decisão. Aceitar o desafio
determinar-se a seguir as orientações do Espírito Santo: "Andai em
Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que
é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se
um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl. 5:16, 17).
Prosseguir sempre e não olhar para trás também é caminho para um viver santo,
desde que fixemos nosso olhar em Cristo. Para isso é necessário coragem.
VIVER EM SANTIDADE É VIVER À EXEMPLO DAS ATITUDES DE CRISTO
Somos desafiados a vivermos à semelhança com Cristo. Porém, esta semelhança não
é uma mera imitação sem valor, de aparências, pois, só o fato de procurarmos
imitá-lo exige de nós uma ação condizente com aquilo que apregoamos. Se procuramos
imitar a Cristo precisamos agir tal qual Cristo. Com toda autoridade Jesus
declara: "Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz” (Jo 13:15).
Fazer o que Cristo nos manda fazer é característico de um viver santo. As
atitudes de Jesus são incontestes. Se queremos andar em santidade devemos
atentar para que a humildade seja uma das motivações para que Cristo se
manifeste em nosso viver, pois: "Porque me chamais Senhor, Senhor, e não
fazeis o que eu mando” (Lc. 6:46).
Quando o assunto é relacionamento o Senhor Jesus ensina que a colheita é
conforme o plantio: "Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma
maneira fazei-lhes vós também"(Lc. 6:31). Tudo que fizermos, de bem ou de
mal ao próximo, colheremos na mesma medida, porém, segundo as palavras do
Senhor Jesus, todos nós queremos ser bem tratados. Se assim é, precisamos
tratar bem os outros. Oprimido e humilhado Jesus não abriu a sua boca (Is.
53:7). É claro que a todo instante devemos procurar nossos direitos, porém em
certas situações, principalmente se faço parte de um grupo (uma igreja, por
exemplo) os meus direitos devem ser analisados e julgados se é bom, não só para
mim, mas para todo o grupo: “... Porque não sofreis antes a injustiça? Porque
não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis à injustiça, e fazeis o dano, e
isto aos próprios irmãos" (I Co 6:7b).
"Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. Quando foi
injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se
àquele que julga justamente. Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados
sobre o madeiro, para que, mortos para o pecado, pudéssemos viver para a
justiça, pela suas pisaduras fostes sarados"(I Pe. 2:22-24). Diante dos
perseguidores da mulher que fora encontrada em ato de adultério, Jesus apela
para a consciência dos seus algozes: “... Aquele que dentre vós está sem
pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra". Jesus não só ensinava
como fazer, mas fazia como ensinava. A respeito de suas obras, Lucas, no seu
Evangelho, registra o testemunho de dois discípulos que iam para aldeia de
Emaús: “... As (coisas) que dizem a respeito de Jesus de Nazaré, que foi
profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo” (Lc.
24:19). Ficaria muito extenso se falássemos de todas as atitudes de Jesus,
entretanto, é bom frisarmos que tanto o ensino quanto o aprendizado cobra-nos
uma ação, uma atitude face ao conhecimento adquirido.
VIVER EM SANTIDADE É VIVER EM OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE CRISTO
Enquanto esteve na terra o Senhor Jesus esteve constantemente diante de
desafios tremendos. Não fugiu, não se escondeu e nem rejeitou nenhum deles.
Enfrentou todos, venceu todos. Por isso Ele pode afirmar: "Eu venci...”
Passamos a vida tomando decisões e agindo diante das circunstâncias que moldaram
o nosso hoje. Se foram atitudes certas ou erradas, não importa, o que nos
acontece hoje é fruto da semente que plantamos ontem, e as decisões que estamos
tomando hoje, são semente de uma colheita futura. A qualidade desta colheita
está diretamente ligada à qualidade da semente que está sendo plantada. E, com
toda certeza, se fielmente nos espelharmos nas atitudes de Cristo, também
afirmaremos categoricamente: "Em Cristo sou mais que vencedor”.
Podemos por esforço próprio tentar imitar a Cristo ou agir conforme as suas
atitudes, porém, sem o testemunho de um viver santo. Porque o imitar e o agir
tal qual Cristo está diretamente relacionado com a obediência à sua Palavra:
"Sem mim nada podeis fazer" (Jo 15:5). O amor a Jesus está intimamente
ligado ao amor à sua Palavra: “... Se alguém me amar guardará a minha palavra.
Meu Pai o amará, e viremos para ele e nele faremos morada” (Jo 14: 23).
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