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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O DESAFIO É SER SANTO


"Sede santos porque Eu sou Santo" (I Pe. 1:16)



Em primeiro lugar, quero chamar a atenção para que seja evitado raciocínios pré-concebidos, para que entendamos, com clareza, para onde o Espírito Santo deseja nos levar quando, juntos, refletiremos sobre o tema santidade. O primeiro tipo de raciocínio que precisa ser evitado é aquele que nos leva a crer que já sabemos de tudo sobre qualquer assunto, principalmente sobre santidade, e de que não é necessário acrescentar mais nada a respeito, crendo ter o domínio do mesmo. Em Provérbios 25:27 somos aconselhados ao comedimento, pois, se a sabedoria é boa em si mesma, é desonroso buscar honra para si próprio por meio desta mesma sabedoria: "Comer muito mel não é bom; nem é honroso buscar a própria honra”. 

O segundo modo de pensar que devemos evitar, é o de não assumir a responsabilidade diante da Palavra de Deus, como foi o caso de Adão e Eva, nenhum dos dois aceitaram a Palavra que Deus lhes dirigia: "Perguntou-lhes Deus: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que ordenei que não comeste? Disse o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi. Então disse o Senhor à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi"(Gn 3:11-13). Percebemos que neste caso houve transferência de responsabilidade, a Palavra de Deus é sempre para o outro. 

O terceiro e último tipo de pensamento que devemos evitar, é aquele que combate contra a submissão de ceder aos argumentos de Deus. Podemos entender este tipo de pensamento observando as palavras do apóstolo Paulo: "As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas. Derrubamos raciocínio e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (II Co 10:4, 5). Deduzimos que há uma grande resistência em nós mesmos lutando para que não nos submetamos aos ensinamentos de Deus, sendo necessário travarmos uma luta tremenda para levarmos nossa mente à obediência a Cristo. 

Com isto em mente deixemos o Espírito Santo falar e nos desafiar para  vivermos em santidade.

VIVER EM SANTIDADE É VIVER À SERMELHANÇA DO CARÁTER DE CRISTO 

A vida cristã tem como princípio básico a busca contínua e persistente da plenitude da vida Cristo em nós. Este é o alvo. Buscar a semelhança com Cristo é o desafio que abraçamos quando, por livre vontade, procuramos nos identificar com Ele, em atos e atitude, e, por confissão de fé, declaramos que nossa vida será uma imitação da vida do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo, pelo Espírito Santo, nos desafia para esta busca: "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (I Co 11:1). A ousadia do apóstolo em chamar para si a responsabilidade desta semelhança está no fato de que ele tinha uma referência segura: Cristo. E, por diversas vezes, ele deu testemunho incontestável que sua vida era uma busca constante de ser semelhante a Cristo. Este foi seu objetivo. Este foi o desafio aceito pelo apóstolo, abraçando-o com todo ardor, a ponto de afirmar: "Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl. 2:20). 

Não foi sem lutas, sem conflitos, sem renúncias que, desafiado, Paulo rendeu-se a um viver consagrado ao Senhor Jesus. Muitas coisas na vida do apóstolo ficaram para trás, vejamos sua declaração na carta dirigida aos filipenses: "Irmãos, não julgo que o haja alcançado. Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo” (Fp. 3:13, 14). O importante para o apóstolo Paulo não era o passado e sim o futuro. O desafio maior para Paulo era alcançar o propósito de Deus em sua vida. Paulo não ficou contabilizando o que perdera por ter decidido seguir a Cristo, pelo contrário, viver em Cristo e para Cristo foi o maior lucro da vida do apóstolo Paulo e, muitas das coisas que ficaram para trás, ele considerou como refugo: “Mas o que era para mim lucro, considerei-o perda por causa de Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo" (Ef. 3:7, 8) 

Ser imitador de Cristo é desafio para um viver santo. Estamos sendo confrontados? A vontade de Deus para nossa vida é para que trilhemos este caminho, pois somos informados que "quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pela concupíscência do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef. 4:22-24). 

Viver em santidade é um desafio de ser semelhante a Cristo. Entretanto, esta conformidade, requer de cada um de nós uma tomada de posição, pois, estamos diante de um desafio. Temos ousadia suficiente para chamar para nós a responsabilidade de uma imitação de Cristo? Podemos falar como o apóstolo Paulo: "sejam meus imitadores"? Nosso testemunho de vida tem sido uma incontestável prova de que Cristo é real? A verdade é que quando aceitamos o desafio de ser semelhante a Cristo um conflito se instala. Parece contraditório, mas, não é. Pois quando vivemos governados pela nossa própria vontade a carne prevalece, porém, diante da aceitação do desafio de ser semelhante a Cristo, o Espírito Santo entra em ação, procurando conformar a vida daquele que aceita este desafio, para que as qualidades do caráter de Cristo sejam reproduzidas nele. Entretanto, a carne não vai ceder tão facilmente, daí, o conflito. O que fazer? Tomar uma decisão. Aceitar o desafio determinar-se a seguir as orientações do Espírito Santo: "Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl. 5:16, 17). 

Prosseguir sempre e não olhar para trás também é caminho para um viver santo, desde que fixemos nosso olhar em Cristo. Para isso é necessário coragem. 

VIVER EM SANTIDADE É VIVER À EXEMPLO DAS ATITUDES DE CRISTO 

Somos desafiados a vivermos à semelhança com Cristo. Porém, esta semelhança não é uma mera imitação sem valor, de aparências, pois, só o fato de procurarmos imitá-lo exige de nós uma ação condizente com aquilo que apregoamos. Se procuramos imitar a Cristo precisamos agir tal qual Cristo. Com toda autoridade Jesus declara: "Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz” (Jo 13:15). Fazer o que Cristo nos manda fazer é característico de um viver santo. As atitudes de Jesus são incontestes. Se queremos andar em santidade devemos atentar para que a humildade seja uma das motivações para que Cristo se manifeste em nosso viver, pois: "Porque me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu mando” (Lc. 6:46). 

Quando o assunto é relacionamento o Senhor Jesus ensina que a colheita é conforme o plantio: "Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também"(Lc. 6:31). Tudo que fizermos, de bem ou de mal ao próximo, colheremos na mesma medida, porém, segundo as palavras do Senhor Jesus, todos nós queremos ser bem tratados. Se assim é, precisamos tratar bem os outros. Oprimido e humilhado Jesus não abriu a sua boca (Is. 53:7). É claro que a todo instante devemos procurar nossos direitos, porém em certas situações, principalmente se faço parte de um grupo (uma igreja, por exemplo) os meus direitos devem ser analisados e julgados se é bom, não só para mim, mas para todo o grupo: “... Porque não sofreis antes a injustiça? Porque não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis à injustiça, e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos" (I Co 6:7b). 

"Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. Quando foi injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se àquele que julga justamente. Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para o pecado, pudéssemos viver para a justiça, pela suas pisaduras fostes sarados"(I Pe. 2:22-24). Diante dos perseguidores da mulher que fora encontrada em ato de adultério, Jesus apela para a consciência dos seus algozes: “... Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra". Jesus não só ensinava como fazer, mas fazia como ensinava. A respeito de suas obras, Lucas, no seu Evangelho, registra o testemunho de dois discípulos que iam para aldeia de Emaús: “... As (coisas) que dizem a respeito de Jesus de Nazaré, que foi profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo” (Lc. 24:19). Ficaria muito extenso se falássemos de todas as atitudes de Jesus, entretanto, é bom frisarmos que tanto o ensino quanto o aprendizado cobra-nos uma ação, uma atitude face ao conhecimento adquirido. 

VIVER EM SANTIDADE É VIVER EM OBEDIÊNCIA À PALAVRA DE CRISTO 

Enquanto esteve na terra o Senhor Jesus esteve constantemente diante de desafios tremendos. Não fugiu, não se escondeu e nem rejeitou nenhum deles. Enfrentou todos, venceu todos. Por isso Ele pode afirmar: "Eu venci...” 

Passamos a vida tomando decisões e agindo diante das circunstâncias que moldaram o nosso hoje. Se foram atitudes certas ou erradas, não importa, o que nos acontece hoje é fruto da semente que plantamos ontem, e as decisões que estamos tomando hoje, são semente de uma colheita futura. A qualidade desta colheita está diretamente ligada à qualidade da semente que está sendo plantada. E, com toda certeza, se fielmente nos espelharmos nas atitudes de Cristo, também afirmaremos categoricamente: "Em Cristo sou mais que vencedor”. 

Podemos por esforço próprio tentar imitar a Cristo ou agir conforme as suas atitudes, porém, sem o testemunho de um viver santo. Porque o imitar e o agir tal qual Cristo está diretamente relacionado com a obediência à sua Palavra: "Sem mim nada podeis fazer" (Jo 15:5). O amor a Jesus está intimamente ligado ao amor à sua Palavra: “... Se alguém me amar guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, e viremos para ele e nele faremos morada” (Jo 14: 23).

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